Na Austrália, 'Esporte Espetacular' conhece o Circo Radical do aventureiro; mesmo com 60 ossos quebrados, astro continua a se arriscar nas manobras
Lenda dos esportes radicais, o americano Travis Pastrana começou a andar de moto aos 4 anos. Hoje, aos 27, com mais de 60 ossos quebrados e 15 cirurgias, ele continua querendo viver ao extremo. Considerado o maior piloto da história do motocross estilo livre, Pastrana se aposentou da categoria há três anos. Atualmente, além de correr na Nascar, virou mestre de cerimônias de uma exibição, no mínimo, "diferente". Por isso, o "Esporte Espetacular" foi até a Austrália conhecer de perto o Circo Radical de Pastrana.
Trinta mil pessoas foram ao estádio Skilled Park, na cidade de Gold Coast, para ver a novidade. O circo reúne um grupo de pessoas apenas para desafiar limites, sem competições ou prêmios.
- Os participantes não estão preocupados com pontos, tempo ou com o que os outros estão fazendo. O importante aqui é o espetáculo - disse o mestre de cerimônias.
No espetáculo, entra qualquer objeto que tenha ou possa vir a ter rodas, desde um velocípede até uma prancha de bodyboard. Aaron Fotherinham, de 19 anos, desceu a rampa em uma cadeira de rodas. Uma má formação na coluna o faz depender do equipamento desde os três anos de idade. Aaron começou a frequentar as pistas para assistir às manobras do irmão, que é atleta de FMX, nas bicicletas. Depois de muitos olhares, resolveu imitar os movimentos.
Na chegada de Aaron, os participantes o aguardavam no final da rampa para os cumprimentos. Uma das exibições mais esperadas era do mestre de cerimônias, que não saltou graças a uma perna machucada.
Travis sempre exibe na camisa o número 199, em referência ao ano em que virou piloto profissional, 1999. Mas uma "lenda" afirma que é porque o americano tem 199 vidas. Ele evita falar sobre as lesões que sofreu. Quando tinha 14 anos, errou a aterrissagem de um salto e, num acidente incrível, ficou duas semanas em coma. Ao acordar, seu primeiro pensamento foi subir em uma moto de novo, pois sabia que poderia realizar aquele salto.
Hoje, aos 27 anos, ainda sei que a recompensa é muito maior que o risco. Sou tão apaixonado por tudo isso que acordo todos os dias com um sorriso no rosto. Muitas pessoas não terão essa experiência - finalizou.
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